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25 de Setembro de 2014

Lei do couro: mobilização, repercussão e resultados

A Lei do Couro está gerando um movimento de grandes dimensões e resultados surpreendentes. Com o apoio do Sindicato das Indústrias de Artefatos e de Curtimento de Couros e Peles de Novo Hamburgo, o Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil (CICB) está promovendo em todo o Rio Grande do Sul um trabalho de visitas ao varejo de rua e em shopping centers para averiguar a correta aplicação da palavra “couro”, bem como orientar gerentes e diretores sobre a lei que proíbe o uso de expressões como “couro ecológico” e “couro sintético”. As chamadas blitzes da Lei do Couro, iniciadas neste modelo no mês de setembro, já visitaram mais de 1 mil estabelecimentos pessoalmente em 24 cidades do interior do Estado e Região Metropolitana para fazer valer o que diz a lei 4.888/65. Outros estados também receberam essas ações. 
 
A equipe viaja pelo Rio Grande do Sul em um carro identificado com o visual da campanha, com material de apoio impresso e um grupo de orientadores uniformizados e treinados para verificar publicidade, etiquetas e a comunicação utilizada por comerciantes e comerciários. A partir de qualquer irregularidade, a equipe transmite as orientações necessárias para educação e adequação à lei. Em caso de má recepção à informação sobre a proibição de expressões como “couro sintético”, aciona-se o departamento para denúncia de irregularidade junto aos órgãos responsáveis, como Procon e Polícia Civil. O objetivo é instruir o comerciante e assegurar que o consumidor não seja lesado. “O couro é um artigo nobre, de origem animal, elaborado a partir de um extenso trabalho, e é realmente importante que haja esse discernimento para que o consumidor não seja prejudicado”, afirma Janete Maino, diretora executiva do Sindicato, junto com o presidente da entidade, Francisco Assis Stürmer e o diretor Cícero Marchini.
 
As blitzes têm gerado grande repercussão em todas as cidades por onde passam, não somente junto aos lojistas, mas também com consumidores – estes, de todas as idades, promovendo o tema da diferenciação do couro frente a outros materiais entre o público jovem. O presidente executivo do CICB, José Fernando Bello, destaca que a recepção à equipe do CICB tem sido, em geral, positiva, uma vez que a ação está fortemente ligada à informação e educação no atendimento de varejo, com benefícios para todos.
 

Resultados
 
Nas cidades visitadas pela equipe do CICB em parceria com o Sindicato, alguns casos curiosos e repercussões positivas foram observados pelos orientadores. Como a campanha da Lei do Couro se iniciou há mais de um ano, alguns estabelecimentos que já tinham sido alertados há meses pelo CICB sobre a proibição do uso de prefixos e sufixos com a palavra “couro” agora estavam com a comunicação impressa e verbal adequada, inclusive citando a ação do CICB para a origem de sua adequação.
 
Em outros estabelecimentos, a equipe recebeu com surpresa algumas justificativas para o uso inadequado da palavra couro. Em Santa Maria, alguns lojistas disseram que “couro ecológico” é um termo que todo o mercado utiliza e que, por isso, estavam comunicando assim os seus produtos. Em muitas cidades, como Erechim, Soledade e Passo Fundo, a prática no comércio é de utilizar as etiquetas dos produtos corretamente (descrevendo o material como PU, por exemplo), porém informando ao consumidor que aquele artigo é feito em “couro”.
 
Lojas no interior e também na região metropolitana, como em Esteio e São Leopoldo, informaram que a orientação para comunicação de “couro sintético” e “couro ecológico” chega a partir dos representantes de indústrias de calçados e roupas. Esse dado – e outros coletados nesta experiência direta com o varejo – servirão de base para a elaboração de novas estratégias e ações da Lei do Couro em todo o Brasil.
 
Acesse o site da campanha e veja como contribuir para que essas ações continuem: www.cicb.org.br/leidocouro.
 

Cidades visitadas
 
Canoas, Esteio, Sapucaia do Sul, Cachoeirinha, São Leopoldo, Novo Hamburgo, Estância Velha, Dois Irmãos, Ivoti, Venâncio Aires, Santa Maria, Santa Cruz do Sul, Erechim, Passo Fundo, Soledade, Lajeado, Carlos Barbosa, Garibaldi, Bento Gonçalves, Caxias do Sul, Farroupilha, Nova Petrópolis, Canela e Gramado.

Fonte: CICB

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08 de Agosto de 2013

Certificação de Sustentabilidade do Couro Brasileiro: nova conquista para a indústria

Recentemente, a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT) publicou as duas normas que servirão de base para o programa.
 
A Certificação de Sustentabilidade do Couro Brasileiro é uma iniciativa do Centro das Indústrias de curtumes do Brasil (CICB) que está sendo construída com a de contribuição diversos parceiros como curtumes, indústrias de transformação, profissionais técnicos, instituições de ensino, além de ABNT e Inmetro. Conforme explica o presidente executivo do CICB, José Fernando Bello, o programa vai definir os requisitos de sustentabilidade do couro brasileiro, capacitar e treinar as empresas do setor nestes requisitos, promover as melhores práticas de produção, entre outras questões que devem fortalecer o couro do Brasil no mercado doméstico e internacional. 
 
Trata-se, de acordo com o gestor, de um programa de excelência que irá marcar um novo momento para a indústria nacional.
 
Álvaro Flores, à frente da iniciativa, explica que as duas normas recentemente publicadas pela ABNT são o resultado de um trabalho que se iniciou com a instituição, em 2013, de uma Comissão de Estudos Especial (CEE), com participação aberta a todos os interessados. 
 
O grupo teve reuniões periódicas ao longo do ano, em que pôde construir as bases para as normas que, a partir de janeiro de 2014, foram colocadas em consulta pública pela ABNT para contribuições. Agora, com a publicação das normas, Álvaro explica que haverá a elaboração do Regulamento de Avaliação da Conformidade (RAC), com a condução do Inmetro, por meio de um Comitê Técnico.  Este comitê tratará das especificações sobre como os curtumes serão certificados, de acordo com as duas normas recentemente publicadas. 
 
“Após, haverá a acreditação de organismos de certificação (para auditorias)”, destaca Álvaro.

Recentemente, foi apresentada também a nova logomarca do programa. Com desenvolvimento do estúdio de design Icon, de Porto Alegre, a nova logomarca estará presente em todo o material gráfico do programa.

Fonte: Assintecal

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06 de Agosto de 2013

Couro: as propriedades, os atributos e a sustentabilidade deste artigo

É nas raízes da evolução que se inicia a relação do homem com o couro. Desde os tempos primitivos, a humanidade recorreu à utilização de peles de animais para proteger o corpo de condições climáticas adversas – o que foi determinante para a evolução da sociedade. Hoje, milhares de anos depois, essa relação se estendeu e o couro é um artigo consagrado na moda e no dia a dia, em produtos como calçados, bolsas, roupas, acessórios e no mobiliário. Para muito além da moda, no entanto, o couro de tantos itens que vemos em shoppings e no comércio das cidades é um artigo natural da sustentabilidade: como subproduto da carne, ele é o reaproveitamento de um material que está dentro de um ciclo renovável.
 
No Brasil, o trabalho responsável da indústria curtidora é notório em escala mundial – tanto pela legislação nacional como pelo esforço próprio dos gestores industriais em tornar esta uma atividade com cada vez menos impacto à sociedade. O país é a nação com o maior número de certificações do LWG – grupo internacional que certifica curtumes por práticas ambientalmente responsáveis, com a participação de representantes de empresas como Adidas, Nike, Burberry e LVMH. Dentro deste cenário – efervescente em ideias e inovações no campo da responsabilidade com o meio ambiente, a sociedade e a economia – nasceu o Fórum CICB de Sustentabilidade, organizado pelo Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil, e que em 2013 realizou sua 2ª edição, com caráter internacional e a participação de mais de 600 pessoas para discutir as melhores práticas e ideias para o setor.
 
Reconhecido pela sustentabilidade, o couro do Brasil também ganha as luzes em nível global por suas características de qualidade e beleza. O país é o 2º maior em produção de couros no mundo, exportando cerca de 70% de sua produção para diversos mercados, como o calçadista, automotivo e moveleiro, para gigantes da indústria e do varejo.
 
Na carona destes atributos, surgiram expressões errôneas como “couro ecológico” e “couro sintético”, que nada mais são do que artigos que tentam imitar artificialmente – sem sucesso – as propriedades do couro. Além de erradas, essas expressões infringem a Lei 4.888, vigente desde 1965, que proíbe a utilização do termo couro para produtos que não tenham sido obtidos exclusivamente de pele animal. A expressão “couro legítimo” é igualmente proibida pela Lei. Os produtos devem ser identificados apenas como couro. A infração à Lei do Couro constitui crime de concorrência desleal previsto no artigo 195 do Código Penal, cuja pena é a detenção do infrator de 3 meses até 1 ano, ou multa.
 
Conforme explica o presidente executivo do Centro das Indústrias de Curtumes do Brasil – entidade que há 56 anos representa o setor –, há um extenso trabalho sendo feito no país para educar a população sobre os mitos que envolvem a produção de couros e a questão da Lei do Couro. “O couro é um material naturalmente resistente ao atrito, flexão e à tração. Suas propriedades naturais como a absorção da umidade, transpiração e regulagem de temperatura são características ideais para a produção de peças como calçados e roupas e são impossíveis de serem reproduzidas artificialmente”, afirma o gestor.
 
Uma informação técnica do Centro Tecnológico do Couro Senai, de Estância Velha (RS), destaca que o erroneamente chamado ‘couro sintético’ é uma mescla de materiais sintéticos, que não contém couro em seu processamento. A composição destes materiais é ampla, sendo originária, na maioria das vezes de fontes não renováveis, como o petróleo. “Existem fatores que limitam o emprego do produto sintético, tais como: dificuldade em eliminação do suor (devido à baixa capacidade de efetuar trocas térmicas), reduzida resistência a fatores ambientais (altas temperaturas, elevada umidade e a ação de agentes químicos) e possibilidade de se vitrificarem em baixas temperaturas e fundirem-se em altas temperaturas”, destaca a informação técnica.
 
O mesmo documento esclarece que a propriedade que o couro tem de, por um lado impedir a passagem de água e por outro permitir a passagem de ar e vapor, é a base do conforto proporcionado por artigos fabricados com esta matéria-prima. “Sua vasta utilização também está relacionada ao fato do couro ser um produto naturalmente resistente, flexível, e que não se hidrolisa facilmente. Apresenta uma estrutura porosa que permite a absorção da umidade e da transpiração (propriedades higiênicas), permitindo trocas térmicas, além de possuir aspectos como durabilidade, conforto e resistência a temperaturas extremas”, destaca o documento.

Fonte: Assintecal

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